Profissional prestava serviços para a prefeitura por meio de consórcio intermunicipal
O prefeito de Valinhos (SP), Franklin Duarte de Lima (PL), demitiu um médico suspeito de receber R$ 60 mil sem trabalhar. O profissional prestava serviços para a prefeitura por meio do Consórcio Intermunicipal de Saúde na Região Metropolitana de Campinas (Cimetro) e atuava como chefe em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Segundo investigação do Ministério Público (MP), o médico, identificado como Flávio, teria recebido pagamentos por 45 plantões entre 1º de agosto e 29 de setembro de 2023. No período, contudo, o profissional não estava no país, mas na Europa de férias.
Ainda em 2023, Lima recebeu denúncias de servidores públicos sobre as irregularidades cometidas pelo médico, que recebia por plantões, mas não comparecia à unidade de saúde. O prefeito, então vereador, então acionou o MP e protocolou um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que na ocasião foi rejeitada.
Já eleito, o prefeito determinou que a Secretaria de Saúde suspendesse qualquer tipo de prestação de serviços por parte de Flávio. Contudo, apesar de não ter sido escalado pela pasta, o médico compareceu à base do SAMU no dia 4 de janeiro para cumprir plantão de regulação médica. Ao ser informado que Flávio estava no local, Lima se dirigiu à base e expulsou o médico do local e dos demais serviços de saúde do município.
Além de Flávio, a Secretaria de Saúde identificou outros três médicos escalados pelo profissional que também recebiam sem cumprir plantões médicos. Uma das médicas, inclusive, pediu desligamento assim que o profissional foi demitido.
