O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, disse que vai esperar o presidente da Câmara voltar de viagem ao Japão para decidir próximas ações em prol da anistia
A oposição decidiu bater o pé. Se o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro não avançar, a bancada do PL promete entrar em obstrução e emperrar a pauta da Câmara dos Deputados. O líder do partido, Sóstenes Cavalcante (RJ), deixou o recado claro: ou o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), coloca o requerimento de urgência para votação, ou nada mais anda.
Mas há um pequeno detalhe: Motta está a milhares de quilômetros de distância, acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma viagem ao Japão. Até sua volta, quem comanda a Câmara é um deputado do próprio PL, Altineu Côrtes (RJ). Ou seja, o partido está com a chave na mão, mas sem poder abrir a porta.
O impasse da anistia e a ameaça da obstrução
A oposição tenta empurrar o pedido de urgência desde fevereiro, sem sucesso. O PL quer que o projeto de anistia pule as etapas das comissões para ir direto ao plenário. O problema é que o próprio Motta já havia sinalizado que o tema deveria ser tratado em uma comissão especial, que nunca foi instalada.
Diante disso, Sóstenes subiu o tom. “A partir do dia em que ele [Hugo Motta] pisar em solo brasileiro, ele já terá que ter tomado essa decisão. Salvo contrário, nós vamos para a obstrução, que nós não queremos”, declarou.