Outras 195 mortes de equinos ainda estão em investigação. Consumo de produtos da Nutratta Nutrição Animal foi proibido pelo Governo Federal em junho.
Um balanço divulgado nesta quinta-feira (3) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirma que 222 cavalos morreram após consumirem rações produzidas pela Nutratta Nutrição Animal. Outras 195 mortes ainda estão em investigação em todo o país
De acordo com a pasta, a primeira comunicação sobre mortes de equinos que teriam ingerido alimentos da marca foi recebida pela ouvidoria em 26 de maio de 2025. Um mês depois, o Governo Federal proibiu a venda de produtos da Nutratta para qualquer animal.
Desde então, a Fiscalização Federal Agropecuária faz apurações nos locais onde foram reportados casos de adoecimento ou morte, com o objetivo de identificar as possíveis causas dos óbitos. Até o momento, os casos apresentaram associação com o consumo de rações da empresa citada.
Já foram contabilizadas mortes nos seguintes estados:
- São Paulo: 83
- Rio de Janeiro: 69
- Alagoas: 65
- Goiás: 4
- Minas Gerais: 1
Além dos casos confirmados, também são investigadas mortes nas seguintes localidades:
- Goiânia (GO): 70
- Sudoeste da Bahia: 40
- Jarinu (SP): 34
- Uberlândia (MG): 18
- Santo Antônio do Pinhal (SP): 10
- Guaranésia (MG): 8
- Jequeri (MG): 8
- Mariana (MG): 7
Dificuldades na investigação
A pasta ressalta que a apuração desses novos casos tem sido dificultada pela ausência de comunicação formal via ouvidoria, que é o canal oficial para registro das denúncias. Disse também que a natureza dos sintomas apresentados pelos animais, que podem surgir tardiamente após a interrupção do uso da ração, também afetam as investigações.
“A evolução clínica dos equinos, marcada por insuficiência hepática seguida de piora repentina, tem tornado ainda mais complexa a estimativa precisa do número total de óbitos”, informou na nota.