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Após pedido de condenação da PGR, Bolsonaro se emociona no Senado e pede orações: ‘Entrego nas mãos de Deus’

Réu por suposta tentativa de golpe de Estado, ex-presidente chorou durante discurso e voltou a afirmar que ‘poucos atrapalham’ o futuro do Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chorou e pediu orações, nesta quinta-feira (17), durante uma sessão solene no plenário do Senado Federal. A manifestação ocorre poucos dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de condenação do ex-mandatário por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

“Acredito em Deus, peço orações a vocês”, declarou Bolsonaro, emocionado. “Muitas vezes, o óbvio está na sua frente. As pessoas poderosas, algumas desta Casa, precisam se conscientizar do óbvio, que um dia ele vai embora, eles mudam”, afirmou o ex-presidente, em tom de desabafo.

Durante a fala, Bolsonaro também voltou a dizer que o Brasil tem potencial para ser a “terra prometida do Ocidente” e lamentou que “alguns poucos” impeçam o progresso do país. “Vamos acreditar. Cada um fazer a sua parte. Caso essa missão seja impossível, aí, sim, entrego nas mãos de Deus”, concluiu.

Saiba mais

Bolsonaro é um dos oito réus da Ação Penal 2.668 no STF. A PGR imputa ao ex-presidente cinco crimes:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado por violência e grave ameaça;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

As penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão. Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o golpe não se consumou por falta de adesão dos altos comandos do Exército e da Aeronáutica. Ainda assim, a tentativa foi articulada pelo então presidente da República e por autoridades do alto escalão do governo.

Gonet afirmou que Bolsonaro “figura como líder da organização criminosa por ser o principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito”.

Próximos passos no processo

Com a entrega das alegações finais pela PGR, o delator do caso, tenente-coronel Mauro Cid, terá agora 15 dias para apresentar sua versão. Na sequência, os demais réus, incluindo Bolsonaro, também terão 15 dias para suas manifestações finais.

O julgamento caberá à Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. O recesso do Judiciário não interromperá o andamento do processo, já que um dos réus, o general Walter Braga Netto, encontra-se preso. Bolsonaro segue alegando inocência e afirma ser alvo de perseguição política. Em sua fala no Senado, não mencionou diretamente as acusações, mas reforçou seu discurso religioso e pediu apoio da população.

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Edenilson Gonçalves
Edenilson Gonçalves
Radialista profissional DRT 1309. Tem mais de 35 anos de experiência em locução comercial e cerimonial, nome consagrado no rádio pernambucano. Baiano e paulistano, trabalhando como jornalista, radialista, redator, produtor, editor, repórter, apresentador, palestrante e consultoria política e empresarial. O rádio sempre será o maior veiculo de comunicação do mundo. o verdadeiro companheiro do povo Brasileiro
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