Placar ficou em 11 a 7 pelo arquivamento; processo acusava o deputado de ataques a instituições e pressões externas
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (22) arquivar o pedido de cassação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foram 11 votos favoráveis ao parecer do relator do caso, o deputado Marcelo Freitas (União-MG), que recomendou a medida. Outros 7 deputados votaram contra.
A representação havia sido feita pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e alegava que Eduardo Bolsonaro teria praticado “ataques verbais a instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal (STF), e tentado influenciar autoridades estrangeiras a impor sanções contra o Brasil”.
Segundo a legenda, o deputado atentou contra a soberania nacional e quebrou decoro parlamentar ao trabalhar contra o Brasil nos Estados Unidos, onde mora desde fevereiro deste ano.
Após a divulgação do resultado, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, disse que o partido e aliados, como PSOL e PCdoB, apresentarão imediatamente um recurso ao plenário. “Já vamos coletar as assinaturas necessárias hoje”, afirmou.
Em reação, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, declarou que, caso a esquerda recorra, o partido também sairá vitorioso no plenário.
