China disse que vai recorrer à Organização Mundial do Comércio contra a medida do governo americano
Os Estados Unidos chegaram a um acordo que suspende temporariamente o tarifaço contra México e Candá. A China disse que vai recorrer à Organização Mundial do Comércio contra a medida do governo americano.
A guerra tarifaria entre Estados Unidos e seus maiores parceiros comerciais já tem seus reflexos. O hino americano foi vaiado antes de um jogo na NBA, em Toronto. Além disso, bebidas alcóolicas fabricadas nos EUA começaram a ser retiradas das lojas canadenses.
Mas a crise também já tem reviravoltas. O México e os EUA concordaram em adiar o início do tarifaço entre os países por 30 dias. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, se comprometeu em aplicar o pelotão do exército na fronteira para combater o tráfico de drogas e a entrada de imigrantes ilegais.
Donald Trump garantiu o reforço em operações para coibir o tráfico de armas pesadas para o México.
Por enquanto, as sobretaxas serão aplicadas a China e Canadá. Itens exportadas pelo país asiático serão tarifados em 10%. Já as importações canadenses
pagarão 25% de tarifa.
Pequim contestará a decisão na organização mundial do comércio e Ottawa vai responder na mesma moeda. Uma série de itens americanos passarão a ter uma tarifa de 25%. A exceção fica para combustíveis, que terão acréscimo de 10%.
Se não ocorrer nenhum acordo nas próximas horas, o tarifaço americano começa amanhã. Apesar de ser uma promessa de campanha de Trump, a medida não está sendo bem aceita pela maioria dos americanos.
Ainda no campo comercial, o governo Trump conseguiu uma vitória. O presidente do Panamá, José Mulino, disse que seu país sairá do plano global de infraestrutura da China. O anúncio ocorre após uma visita do secretário de estado americano Marco Rubio, que advertiu o líder panamenho de que a casa branca tomaria medidas contra o país caso a influência chinesa no canal do panamá não fosse reduzida.